A nossa mente é aquilo que
somos. Hoje os fármacos contra a ansiedade ou a
depressão, a timidez ou hiperatividade fazem já parte da nossa cultura. É
incrível a persistência da ideia de alma, que desde a sua
"descoberta" nunca foi abandonada. Quando alguém toma prozac ou vinho sabe que eles podem alterar a nossa
perceção e, portanto, acabam por alterar também o nosso carácter/comportamento.
Sabemos também que níveis baixos de serotonina estão associados a estados de
depressão. O cérebro é "física e
química", mas as consequências desses processos físico-químicos são as ideias. O
"eu" é um conceito muito importante no Ocidente e a
mera ideia de que possa desaparecer...causa estragos... Quando
observamos alguém com alzheimer ou outro tipo de lesão cerebral, pode
ver-se realmente como o "eu" dessa pessoa
desaparece: vai-se destruindo paulatinamente à medida que o cérebro se
vai deteriorando...
Adaptado de A alma está no cérebro, Eduardo Punset
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