sexta-feira, abril 01, 2016

O "Eu"

A nossa mente é aquilo que somos. Hoje os fármacos contra a ansiedade ou a depressão, a timidez ou hiperatividade fazem já parte da nossa cultura. É incrível a persistência da ideia de alma, que desde a sua "descoberta" nunca foi abandonada. Quando alguém toma prozac ou vinho sabe que eles podem alterar a nossa perceção e, portanto, acabam por alterar também o nosso carácter/comportamento. Sabemos também que níveis baixos de serotonina estão associados a estados de depressão. O cérebro é "física e química", mas as consequências desses processos físico-químicos são as ideias. O "eu" é um conceito muito importante no Ocidente e a mera ideia de que possa desaparecer...causa estragos... Quando observamos alguém com alzheimer ou outro tipo de lesão cerebral, pode ver-se realmente como o "eu" dessa pessoa desaparece: vai-se destruindo paulatinamente à medida que o cérebro se vai deteriorando...

Adaptado de A alma está no cérebro, Eduardo Punset

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